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Avaliação da Vulnerabilidade Sísmica

Avaliação da Vulnerabilidade Sísmica na Realidade Predial Brasileira  

Dissertação de Mestrado

Os recentes aumentos dos registros de abalos sísmicos no Brasil impulsionaram a publicação da NBR 15421 (ABNT, 2006) – projeto de estruturas resistentes a sismos - que estabelece os requisitos exigíveis para a verificação da segurança das estruturas relativamente às ações de terremotos. As recomendações desta norma objetivam reduzir os riscos sísmicos das novas estruturas de concreto. Com relação às estruturas de concreto existentes faz-se necessário um estudo da sua vulnerabilidade sísmica.
Dentre os vários métodos de avaliação de vulnerabilidade sísmica encontrados na literatura, o método de Hirosawa, mais precisamente o seu primeiro nível de avaliação, foi escolhido para adaptação à realidade brasileira e sua aplicação em larga escala. No processo de adaptação do método, inicialmente são estudados os parâmetros da norma brasileira de projetos resistentes a sismos e realizada uma comparação desta com as normas sísmicas americanas, IBC (ICC, 2006) e SEI7 (ASCE, 2005). O estudo do método de Hirosawa permitiu a identificação dos ajustes necessários à sua adaptação considerando as exigências da NBR 15421 (ABNT, 2006) e as características construtivas locais. O método adaptado foi aplicado em um sistema com um grau de liberdade e em quatro estruturas modelo variando número de pavimentos e configuração estrutural em termos de irregularidade horizontal e vertical. As estruturas modelo procuram representar as edificações de uso essencial. Cada uma destas estruturas foi analisada supondo sua exposição a todas as acelerações sísmicas de projeto e executadas em qualquer uma das classes de terrenos abordadas na NBR 15421 (ABNT, 2006). Os resultados são apresentados em forma de tabelas, gráficos e mapas de vulnerabilidade sísmica. Nenhuma estrutura modelo apresentou vulnerabilidade sísmica na zona sísmica 0; em terrenos de classe  E, todas as estruturas modelo apresentaram vulnerabilidade sísmica nas zonas 2, 3 e 4; e as estruturas regulares apresentaram melhor desempenho sísmico. O significado de vulnerabilidade exposto neste trabalho não está relacionado à obrigatoriedade de desativação da edificação, mas sim, à necessidade de análises mais detalhadas e complexas do comportamento esperado destas edificações frente a um evento sísmico
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